segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Histórias Possíveis, algumas anotações

A Edição 33 está no ar. Histórias Possíveis tem pérolas ao longo de suas edições. Aqui falo especialmente da última, reescrevo minhas anotações de leitura, só para pincelar o que vocês vão encontrar nessa excelente edição.


O impacto do conto do André de Leones, seu mistério e sua crueza nessa combinação rara.

A beleza e a força do conto da Lúcia Bettencourt na investida original através do espelho.

O flerte da Gerusa Leal com a vida e o papel, vivo e preciso, o que não foi dito no agora que surpreende.

As figuras maravilhosas do Marco Aurélio Cremasco revivem a cada badalada desse dia sem fim, terno, triste na hora derradeira.

As imagens do Maurício de Almeida para dar conta da angústia (ou nada angústia) quase quieta como o mundo que dorme.

O Antiálbum 4 do Nereu Afonso da Silva, genial, desde os outros.

E tem minha Aula de russo, vão lá conferir.



Com os convidados chegamos a Alexandre Boure e seu homem feliz. No suspense de que algo vai acontecer para estragar sua felicidade ele nos dá uma rasteira, sem perdão.

Nos braços de Angelina, caminha-se perigosamente e deliciosamente entre as páginas do livro. Com Haroldo Pereira Barbosa.

Faltava ler o conto do Paulo Lima. Entre estranhamento e fascínio, e a emoção de ouvir um rádio, acontece a ironia - conforme acompanhamos as casas brancas na areia fina e alva. Acontece delicada porque é um menino quem vê. O mordaz vem por conta do leitor, que aos poucos se identifica e pode saborear: o exótico, quem é?

O último conto é do Ronaldo Trindade, na conversa onde dois são três, ou quatro, porque o narrador aparece na tensão entre vários eus que se embatem. Entre viver e não viver, entre a vitória e a vitória derrotada.



Parabéns a todos pela edição.

Um grande abraço,

Boa leitura.


Susana