Volto ao Blog nas águas do rio Sirimim, em sua passagem pelo Rio de Janeiro. Não me esqueço da rara oportunidade de ver a peça “Sirimim”: a leitura precisa e sensível de Selma Egrei do universo de Guimarães Rosa. Foi encenada duas noites no Baukurs, no Jardim Botânico e na Barra, como um presente. Prêmio de Teatro Myriam Muniz, cumpriu temporada em São Paulo. Só mesmo num lugar assim: Thea, a diretora do Baukurs, sabe reunir pessoas incríveis neste espaço cultural Brasil-Alemanha.
Para invenção do rio Sirimim em cena, palavra e gesto numa união emocionante: Selma Egrei inventa pessoas, bichos, histórias ao longo do seu leito.
Ontem voltei do cinema e vi Selma Egrei em personagem que fala a partir de um retrato. É sua aparição surpresa como a “Falecida”, no filme Chega de Saudade, de Laís Bodanzky. É mais um presente do filme, repleto de pérolas nas interpretações fantásticas do elenco.